Hexagon soma monitoramento florestal de mais de 5 milhões de hectares em dez anos
Empresa foi uma das primeiras do Brasil a oferecer soluções tecnológicas customizadas para o setor. Nos últimos cinco anos, número de talhões monitorados mais que dobrou.
A divisão de Agricultura da Hexagon, referência global em tecnologias agrícolas e florestais, já registra o monitoramento de mais de 5 milhões de hectares de floresta plantada em todo o mundo. Somente em 2021, a empresa monitorou cerca de 670 mil hectares — aproximadamente 54 mil talhões florestais. Há cinco anos, em 2016, o número era de apenas 22 mil. A Hexagon foi uma das primeiras empresas do Brasil a oferecer soluções desenvolvidas especialmente para a indústria de produtos florestais, que têm faturamento de aproximadamente 98 bilhões, segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (IBA).
“Quando começamos a atender o setor de silvicultura, em 2004, os gestores adaptavam o uso de tecnologias desenvolvidas para os segmentos de grãos e cana-de-açúcar. A questão é que o setor florestal tem muitas peculiaridades e, por isso, precisa de soluções feitas sob medida”, explica Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, com sede e fábrica em Florianópolis (SC).
Atualmente, o Brasil é o maior exportador de celulose do mundo e o segundo maior produtor, tendo cerca de nove milhões de hectares de florestas plantadas. Investimentos em projetos a serem concluídos nesta área até 2024 somam R$ 53,5 bilhões. “É um setor que tem enorme potencial de ganhos com o uso de inovações digitais e, por isso, vem investindo muito na adoção de tecnologias para aumento de sua eficiência e lucratividade”, enfatiza Bernardo.
Benefícios da tecnologia para produções florestais
As tecnologias desenvolvidas nos últimos anos permitem coletar dados das florestas e transformá-los em informações inteligentes, possibilitando planejamento otimizado, execução eficiente, controles de máquina precisos e fluxos de trabalho automatizados. Exemplos são as soluções para monitoramento de máquinas: com suporte de sensores e computadores de bordo instalados no maquinário florestal, é possível monitorar e ajustar processos enquanto eles estão acontecendo. Os sistemas fornecem relatórios detalhados com indicadores de rendimento e comportamento das máquinas, produtividade, área trabalhada, distância percorrida, velocidade, entre outros.
Softwares de gestão, por sua vez, permitem a análise destes dados para resolução de problemas e aprimoramento de processos, resultando em mais produtividade e lucro. Um dado analisado, por exemplo, é o de total de insumos aplicados (em kg/ha)— sejam adubos, herbicidas, controle de pragas ou qualquer outro tipo de substância para implantação e manutenção da floresta. Com esse valor, é possível avaliar se houve super ou subdosagem, qual foi a porcentagem do desvio, se vai ser necessário fazer alguma ação de reaplicação e assim por diante.
Com apoio desse tipo de ferramenta, bem como de controladores de pulverização, é possível reduzir o uso de agroquímicos e evitar desperdícios. Não é à toa que as estatísticas da empresa também mostram que, enquanto o total de horas de trabalho produtivo aumentou nos últimos cinco anos — passando de 147 mil para 212 mil —, a quantidade de insumo aplicado foi reduzida em cerca de 23%.