Controlar remotamente as operações de campo

Por Alexandre Alencar, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da divisão de Agricultura da Hexagon

10 Outubro 2019

Controle é a palavra de ordem no campo nessa era digital. Enquanto máquinas agrícolas seguem suas rotinas diárias de plantio, colheita, transporte e cultivo, longe dali uma equipe de operadores monitora remotamente todas essas atividades para que tudo saia conforme o planejado. Esse controle centralizado é feito por meio de um software chamado HxGN AgrOn Sala de Controle, e que espelha fielmente tudo o que se passa na lavoura em tempo real. Os operadores desse sistema são como os olhos e ouvidos do gerente no campo, atentos a todas as informações que chegam em sua estação de trabalho, e buscando sincronizar os movimentos e as atividades de todas as máquinas lá nas frentes de trabalho. Sendo avisados sobre qualquer sinal de irregularidade por meio de alertas que piscam na tela, permitindo a resolução do problema com agilidade e sem perder o ritmo das operações.

No portfólio da Hexagon, a alimentação do AgrOn Sala de Controle é feita a partir dos computadores de bordo instalados nas máquinas agrícolas que operam no campo. Esses equipamentos, verdadeiras centrais de inteligência, fazem uma constante medição e coleta de todos os dados dessas máquinas, registrando segundo-a-segundo as informações em sua memória para o acompanhamento das atividades executadas. Por meio da infraestrutura de comunicação disponível no campo, essas informações são enviadas em tempo real para o controle central. Lá, combinando a análise desses dados com o uso de estações de rádio para conexão direta com o campo, o operador pode mais rapidamente tanto alterar a programação das atividades, como coordenar a resolução de problemas específicos, como, por exemplo, a necessidade de manutenção em uma máquina parada devido a algum defeito.

Esse produto gera diversos relatórios contendo tempos de operação e paradas, além de diferentes índices de produtividade e rendimento. Mostra os horários de início e término das operações, com detalhamento de todos os dados sensoriados nas máquinas, sendo que todo esse monitoramento é feito com base em mapas georreferenciados, e atrelados a regras configuráveis de notificações e alertas que devem ser gerados para os operadores. O software também permite a criação de árvores de decisão, com roteiro de procedimentos padrão que devem ser seguidos em determinadas ocorrências. Isso tudo permite que, ao acompanhar o quadro geral das atividades no campo, o operador do AgrOn Sala de Controle possa ativamente apoiar os gerentes da empresa nas mudanças de estratégia e na realocação diária dos recursos. O objetivo final é manter a sincronização das atividades e reduzir ao máximo o tempo de ociosidade de máquinas no campo para que haja menores custos e maior lucratividade.

O AgrOn Sala de Controle possui diferentes módulos para cobrir todos os processos do campo, contando com 4 salas de controle específicas e dedicadas à gestão remota de operações: Preparo de Solo, Plantio, Cultivo e Colheita. Todas têm como base uma série de indicadores e metas de planejamento fixados pela gestão como, por exemplo, o volume total de matéria-prima a ser transportada no dia, a velocidade média esperada das operações, e a dosagem de insumos a serem aplicados em determinada área. O AgrOn Sala de Controle cruza os dados do planejamento com os dados da execução das tarefas e alerta os operadores para corrigir o rumo do que estiver em desacordo, trazendo de volta a operação para dentro da faixa de trabalho prevista.

Esse é o grande diferencial do sistema da Hexagon. O AgrOn Sala de Controle não é apenas um termômetro, onde você apenas visualiza o que está ocorrendo no campo. Ele se conecta, na outra ponta, com a tecnologia embarcada que faz, de forma simultânea, o monitoramento e o controle das máquinas no campo. Assim, a solução opera num ciclo que integra as quatro etapas mais importantes da atividade agrícola: o planejamento dos processos, a execução das operações, o monitoramento e controle, e, por fim, a atuação para correção de rotas. O objetivo de todo esse ciclo é sempre ganhar tempo para que essa eficiência resulte em muito mais produtividade, e assim garantir o que toda empresa busca nos dias de hoje: maior competitividade e rentabilidade em seu segmento de mercado.