Como a combinação de hardware e software promove mais eficiência no agronegócio

Integração dos produtos permite melhor aproveitamento de dados e evita perdas de desempenho. Hoje, porém, somente 11% das empresas de tecnologia para agronegócio do Brasil atuam com hardware.

trator em campo com efeito gráfico tecnológico

14 dezembro 2022

De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 76% das agtechs — startups de tecnologia para o agronegócio — utilizam o modelo de Software as a Service (SaaS), ou seja, oferecem soluções online que operam como softwares. Os números apontam para uma tendência: com a crescente digitalização do campo, o uso desses sistemas com as mais diversas finalidades vêm se expandindo ano após ano.

“Um software é, basicamente, um sistema capaz de processar dados e enviar comandos para facilitar a rotina do campo.  Com seu uso, é possível mapear e monitorar solos, máquinas agrícolas e plantações, além de gerenciar as atividades da produção agrícola”, comenta Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, que desenvolve soluções digitais para a agricultura. 

Mas os softwares são apenas parte do processo de inovação no campo. Sensores, atuadores e computadores embarcados são exemplos de hardware que também possuem papel fundamental na digitalização do agronegócio. “Os softwares têm um potencial de escalabilidade maior, pela sua natureza, e temos visto a sua adoção avançar rapidamente no ambiente agro. No entanto, a combinação destas ferramentas com componentes de hardware dedicados e de alto desempenho é que promoverá o alcance amplo dos benefícios para o produtor”, explica Bernardo.

Para acompanhar um mercado cada vez mais exigente, a divisão de Agricultura da Hexagon lançou recentemente uma geração de displays de última geração. Com processador potente, o HxGN AgrOn Ti10 garante a execução de softwares complexos com desempenho superior, sendo capaz de processar tantos algoritmos avançados como a sincronização entre maquinários. “O Ti10 é um hardware que está preparado para futuras tecnologias, que são possíveis a partir dos seus recursos de alta performance”, destaca o presidente da divisão.

Integração permite melhor desempenho de tecnologias
Assim como a Apple uniu hardware e software e revolucionou o mercado de eletrônicos de consumo, empresas de agronegócio que trabalham com as duas frentes de tecnologia também são capazes de sair à frente nesse setor. “Agregar hardwares e softwares de um mesmo fornecedor é a melhor forma de transformar equipamentos em verdadeiras ferramentas tecnológicas”, explica Bernardo de Castro.

Quando os produtos são integrados, o software consegue extrair as informações do hardware de forma mais eficiente, gerando um melhor aproveitamento de dados e evitando perdas de desempenho. Além disso, há uma otimização dos recursos disponíveis.

Hoje, porém, somente 11% das empresas de tecnologia para agronegócio do Brasil atuam com hardware. Com a chegada do 5G, a expectativa é um aumento nesse número, considerando as novas oportunidades que surgirão nesse mercado. “Para se chegar a um campo efetivamente tecnológico e eficiente, com mais produtividade e economia, softwares e hardwares precisam trabalhar de forma conjunta, em uma relação cíclica”, reforça Bernardo. 

O relatório Agricultura Digital 2021, da consultoria 360 Research & Reports, prevê um crescimento de 183% no uso de tecnologias de software e hardware no segmento até 2026.